WandaVision foi uma boa serie de TV presa em uma franquia que não deixou ela brilhar

WandaVision foi uma boa (e as vezes, uma ótima) série de TV que revelou como o MCU — o conjunto de filmes e séries que compõem o universo de super-heróis da Marvel no cinema e na TV — mudou o modo que discutimos cultura para pior. A série, que completou sua primeira (e quem sabe única) temporada na Disney+ na última semana foi a primeira produção da franquia a ser lançada em mais de um ano, e me lembrou de como eu não sentia falta.

Eu não sou um grande detrator do MCU. Eu gosto de um punhado dos filmes e acho a franquia, num geral, uma boa série cujos capítulos costumavam aparecer pela última década com alguns meses de diferença entre si. E eu acho que em alguns momentos WandaVision foi uma das melhores realizações da franquia até aqui, trazendo momentos genuinamente belíssimos em uma série de TV extremamente interessante. Mas o fator monolítico desse universo transformou muito do que se consome sobre cultura de um jeito ruim.

Os filmes e séries que compõem o MCU são simples por natureza, e não de um jeito ruim: como outras séries1, existe uma coesão estética entre seus capítulos e uma certa independência narrativa: você não precisa assistir cada filme ou série da Marvel para entender e gostar de um filme como Capitão América: Guerra Civil ou Thor: Ragnarok, por exemplo. Seus arcos narrativos são bem delimitados com a ajuda dos seus gêneros, você sabe bem o que esperar e quais clichês você vai encontrar. Essa é uma corda bamba especialmente difícil para um fascículo da franquia conseguir se equilibrar, e no geral a Marvel conseguiu manejar bem: comparado à outros “universos cinemáticos” que tentaram a mesma coisa, como os Monstros da Universal ou a própria Liga da Justiça da Warner/DC, a Marvel sempre teve o cuidado de transformar seus filmes arrasa-quarteirão em eventos para a família inteira: dos filhos que leem os quadrinhos aos pais que precisam acompanhar eles nos cinemas.

Porém, esses filmes também são feitos com seus fãs em mente: cada capítulo que compõe o MCU não é responsável apenas pelo arco narrativo daquele capítulo, mas também pela continuidade narrativa maior, que permeia todos os outros capítulos; e escondem pequenos detalhes para os mais dedicados — personagens menores em um filme aparecem em outro, itens são mencionados que na verdade montam o palco para um conflito maior em dois ou três filmes mais tarde, etc.

Não dá pra negar que WandaVision não tinha esse segundo público em mente: sua protagonista é uma das personagens-chave de Os Vingadores: Ultimato, e sua importância para o futuro do MCU — que agora vai começar a entrar nos multiversos — é cada vez maior. A própria série é estruturada como uma caixa de enigmas à Lost, em que cada detalhe de cada cena precisa ser destrinchado pelo público, sedento por saber como tudo vai se encaixar. E, como Lost, WandaVision sofreu mais quando precisou pagar pela sua própria aposta: quando o público acha que o prêmio da caça ao tesouro que esse tipo de série tenta fazer oferecer é insuficiente, toda a jornada será mal vista.

É possível observar como WandaVision sofre em manejar tudo isso: em ser uma boa série por si só; um fundamento para o futuro do MCU; uma caixinha de mistérios; e, por fim, uma exploração do trauma e do luto de Wanda. Que a série ao menos tente fazer tudo isso é louvável em si, e ela bem que podia ser lembrada justamente por essa tentativa — há muito o que se escrever sobre como a série consegue e não consegue fazer tudo isso.

Há um efeito colateral quando a força monolítica do MCU, uma franquia que o mundo inteiro pode assistir e discutir ao mesmo tempo, é altamente controlada por uma produtora como a Disney, que otimizou a criação de franquias e de brand awareness a níveis pós-apocalípticos: nenhum fascículo do MCU existe em si mesmo, interessa como parte da cultura ao seu redor. Pelo contrário: elas coexistem e se dependem muito mais conceitualmente do que narrativamente.

É nesse jogo que WandaVision, uma boa série sobre uma pessoa passando pelo luto de perder à todos que ama e que acaba levando outras pessoas como reféns de seu trauma, acaba perdendo seu significado. Séries como essa e como Lost são muito mais bem sucedidas em suas alegorias, em seu fator elusivo — em como o enigma da série serve para acentuar o drama de seus personagens.

Eu já falei aqui como séries tiram muito mais proveito do tempo do que filmes, tanto aquele passado nos episódios quanto aquele que existe entre eles, mas vale repetir: embora séries possuam tramas — por episódio, por temporada, e na série como um todo —, sua unidade narrativa é muito menor porque seu efeito narrativo é cumulativo: nossas experiências com Don Draper ou Tony Soprano ou Selina Meyer são através de vários momentos em um longo período de tempo, onde podemos não só ver a ação que eles tomam como também suas repercussões através do tempo. É no efeito que ações e decisões possuem sobre os personagens que acompanhamos que entendemos o que está acontecendo.

Em sua primeira metade, essa temporada de WandaVision era sobre como uma mulher se prende às suas séries favoritas para escapar da dor que está sentindo. E ei, se tem algo que eu fiz esse último ano foi me afundar em Gilmore Girls e Community para me fazer companhia no meio da pandemia. Em sua grande parte, WandaVision é muito mais perspicaz e pungente do que qualquer um poderia dar crédito à ela, e existe naquele âmbito das grandes séries de TV, onde parece que nada acontece, onde a falta de coesão entre os enigmas da série refletem o desnorteamento existencial de sua protagonista.

Porém, WandaVision não existe em um contexto onde o que acontece importa em si, mas sim em como ela faz parte de um grande palco para os filmes e séries futuros da Marvel. Se a presença de um agente da SHIELD em Homem de Ferro indicava o que poderia estar por vir, a presença de certos inimigos e de certos eventos é obrigatória em WandaVision porque a série precisa dar continuidade a certos eventos — e a gente precisa estar sempre brincando de corrida com eles: seja desvendando pistas ou pegando referências e discutindo à exaustão se elas são canônicas ou não (acredite, eu já estive em mais de uma dessas discussões quando o assunto é Star Wars, e eu sou insuportável nelas).

É como se Wanda em si fosse refém de uma outra realidade, na qual sua dor e seu aprendizado não são mais do que meros plot points pelo qual o MCU precisa passar para estabelecer seu novo mega-evento, em que seu desenvolvimento como personagem pode ser considerado como irrelevante — ou até mesmo como uma pedra no caminho que é a progressão do universo da Marvel nos cinemas.

Quando eu paro para pensar nisso eu fico muito triste, porque esses filmes acabam criando uma falsa ilusão de destino e de conquista na vida de seus personagens, quando WandaVision parecia muito bem querer sugerir que não há uma teoria única sobre como podemos interpretar o mundo, de que ele não é um enigma que pode ser solucionado com as pistas certas. Sua segunda metade, porém, contradiz tudo isso porque existe em um universo que se beneficia de explicações e teorias entre fãs, em que a realidade pode ser reduzida à algo tangível: uma série de eventos que se levam de um ao outro, sem a possibilidade de metáfora, de simbolismo e de tom. Para o MCU, tudo o que importa é a trama — e aquilo que pode levar ela para frente.


  1. Existe todo um outro texto que eu posso escrever sobre como o universo cinemático da Marvel pode ser considerado um grande seriado, e um que usa o formato de forma muito interessante. 

Será que eu quero assistir o Oscar esse ano?

O início do ano sempre foi uma época muito divertida pra mim. O Oscar divulga seus indicados (e começa todo aquele burburinho de quem não foi indicado) e os distribuidores brasileiros começam a lançar os filmes nos cinemas. Todo fim de semana era um agendamento de quantos filmes eu consigo assistir de uma vez, eu começo a acompanhar os prêmios dos sindicatos para poder prever quem ganharia o Oscar (macete total, é muito fácil de acertar acompanhando os sindicatos).

Mas esse ano… eu posso contar nos dedos quantos filmes eu já assisti em 2021, e eu não encontro mais aquele ânimo para assistir filmes durante a semana (e, em alguns casos, nem em fins de semana). Eu me sinto tão por fora da conversa que meus filmes favoritos do ano passado sequer aparecem entre os filmes favoritos na retrospectiva do Letterboxd. Será que eu perdi o jeito de ver filmes?

Esse é um dos motivos que eu ando escrevendo tão pouco sobre filmes ultimamente por aqui, mas também é um pouco pela oferta dos lançamentos. Eu não tenho muito interesse pelos filmes do Netflix e do Prime Video de maneira geral, e isso vem mais de como eu criava expectativas por um filme: eu sabia que ele existia antes, eu tinha visto um trailer ou lido algo sobre. Hoje em dia esses filmes simplesmente aparecem, são comentados por um fim de semana, e desaparecem em seguida. Ou eu assisto ele naquela semana em que eu acabo descobrindo que ele existe, ou eu perdi o trem.

Eu ainda fico empolgado quando o MUBI lança algum filme que tá na minha watchlist há um tempo, ou quando o Telecine traz uns filmes mais diferentes — ou até mesmo quando antigos favoritos aparecem no Netflix e no Prime Video. Mas têm algo na ideia de programação que tanto um cinema ou até mesmo um canal de TV proporcionam que eu sinto falta. As vezes eu chego a ir no MUBI Ao Vivo para ver se não pego um filme no começo, só pela experiência.

Claro, o Oscar não é flor que se cheire. Mas até a omissão de filmes ou de pessoas me fazia me interessar em assistir coisas diferentes. Na prática, a corrida desse ano tá começando agora: a votação começou no último domingo, a premiação deve acontecer em abril. Talvez meu desejo de ver filmes se reascenda até lá, mas eu tô genuinamente assustado de ter perdido o jeito.

As rotinas de Ursula K. Le Guin e David Lynch

Hoje eu começo meu novo trabalho, com uma carga horária diferente da que eu tive nos últimos três anos. Eu tive uns dias de folga entre o meu último trabalho e esse, e usei eles para tentar estabelecer uma nova rotina. Isso porque meus projetos, como escrever aqui no Pão ou estudar francês ou outras coisas que eu estou estudando, requerem um tempo do meu dia-a-dia, e eu tento ter um pouco de tempo pra tudo.

E eu me dou muito bem com rotinas. Eu preciso de uma para liberar minha mente para fazer outras coisas. Se eu estou seguindo minha rotina, eu sei que eu vou ter um pouco mais de espaço mental para escrever um post pro Pão, por exemplo, porque eu não preciso me preocupar com outras coisas naquele momento — elas têm um tempo para me ocupar também, então fica tudo bacana.

Eu aprendi isso lendo sobre o processo artístico de alguns dos meus artistas favoritos. A autora Ursula K. Le Guin, que escreveu alguns dos melhores livros que eu já li, era famosa por ter uma rotina. Le Guin, além de escritora, era mãe, editora e professora de universidade. O dia dela começava às 5h30 da manhã, por exemplo, e ela escrevia das 7h15 às 12h:

A lista de tarefas de Ursula K. Le Guin

David Lynch também é famoso por manter uma rotina bem específica: ele acorda cedo para meditar e fumar um cigarro, mas por sete anos ele ia no Bob’s às 14h30 para comer a mesma coisa. Ele comenta mais sobre como a rotina ajuda a criatividade dele no vídeo abaixo:

Nesse post sobre a rotina de Le Guin, o Open Culture usa uma citação de Gustave Flaubert para explicar o ímpeto de criar uma rotina organizada: “seja normal e organizado em sua vida, para que você possa ser violento e original em sua escrita” (Flaubert é o autor de Madame Bovary).

Rotinas são muito úteis para mim. Elas me ajudam a me sentir confortável o suficiente para usar mais a minha cabeça (eu demoro muito para escrever porque requer muito esforço para mim). Mas rotinas também são bem pessoais. Eu não consigo me ver acordando 5h30 como Le Guin, por exemplo. Se você quer encontrar um tempo ou força para continuar o seu projeto, eu recomendo tentar estabelecer uma rotina. Não esqueça de deixar um tempo para não fazer nada — descansar é muito importante —, e respeite seus limites.

Se eu não postar nada nos próximos dias, não se preocupem! Significa que eu vou ter que mudar a minha rotina um pouco mais, o que é normal também. Ela vai se ajeitando com o tempo.

As relações complicadas entre pais e filhos em Peanuts

A tira do dia1 de Peanuts é essa (via Comics.com):

Charlie Brown comenta com Linus que seu pai precisa de encorajamento

Eu sempre achei fascinante como a relação entre pais e filhos em Peanuts são complicadas, e geralmente melancólicas. A gente sempre vê apenas a interpretação das crianças sobre essas relações (nenhum adulto jamais foi visto nas tirinhas), mas Peanuts é bastante autobiográfico, e sua evolução por meio século acompanhando a turma do Charlie Brown dá tempo e espaço para Charles Schulz desenvolver elas com muita complexidade.

Pensando isso me lembrei desse excelente tópico do Twitter, que vou republicar aqui porque vai suma da timeline do autor. Luke Epplin observa como as relações com as mães em Peanuts geralmente são tristes — muito porque Schulz nunca pôde ver sua mãe, que morreu de câncer enquanto ele servia na Segunda Guerra:

Let’s do a mini-Mother’s Day thread: When Charles Schulz got drafted in WWII, his mother was dying of cancer. He never saw her again. Mother’s Day in Peanuts is often a sad occasion, none more so than this autobiographical strip.

Snoopy e Charlie Brown escolhem um cartão de dia das mães

In the 70s and 80s, it was often Woodstock who was looking for his mother on this day. In keeping with the sadness of this day in Peanuts, he not only never found her, but often ended up heartbroken.

Woodstock chora no colo de Snoopy por não encontrar sua mãe

A recurring trope was for Woodstock to sit at the top of a hill with a flower in his hands in the hope that his mother would fly by. Much like how the Great Pumpkin never comes, his mother is nowhere to be found.

Woodstock espera pela mãe no topo de uma colina

Mothers are absent in Peanuts in general. Charlie Brown talks of his father but rarely his mother. Peppermint Patty’s mother died when she was a child and she’s raised by her father. Here’s a poignant strip of her on Mother’s Day.

Patty Pimentinha escolhe um cartão de dia das mães para seu pai

Snoopy, too, doesn’t know his mother but tries to find her at various points. Once, Schulz did a long series on Snoopy just wandering the country trying to locate her. She’s nowhere to be found.

Snoopy procura por sua mãe

There is humor in these strips–as in the last two panels–but at its core it’s about loss and wandering in the rain looking for a mother who will never return.

Snoopy se esconde da chuva enquanto busca por sua mãe

Of course, the Peanuts characters find family among themselves. Snoopy does seem like a parental figure for Woodstock, but as these strips make clear, he can’t replace the absence of a mother.

Snoopy conforta Woodstock, que sente saudades da sua mãe

What can you say? Just look at how deeply sad a strip like this one is.

Charlie Brown conta para Lucy que está preocupado com Snoopy saindo de casa para procurar sua mãe

The punchline, if you want to call it that, of the entire series where Snoopy wanders the country in search of his mother is just, “Mom?”

Charlie Brown se despede de Snoopy antes do cachorro sair para procurar sua mãe

OK, I’ll conclude here. I don’t think you can separate the absence of mothers in Peanuts from how Schulz lost his own mother, a loss that came just as he was shipping out to war. Mothers are searched for in Peanuts, but never found.

Woodstock procura sua família no ninho, mas o ninho está vazio

Eu gosto como as pessoas pesquisam sobre esses pequenos detalhes dessas tirinhas diárias. Peanuts foi publicada por muito tempo, e certamente acompanhou pessoas por grande parte de suas vidas. Se você quer ler mais sobre como essas tirinhas desenvolviam assuntos bastante complexos um pouquinho por dia, confira os excelentes artigos de Kevin Wong para o Kotaku.

  1. É uma republicação, claro. Nenhuma tira nova de Peanuts foi publicada desde o falecimento de Charles Schulz em 2000. 

Séries com minhas aberturas favoritas

Eu sou completamente contra o recurso de pular abertura de um episódio de série que o Netflix têm. Eu amo uma boa abertura, e acho especial quando uma série usa ela como um portal pro tom e pro ritmo da série. Seja a música fofinha e os fades nos dando boas-vindas à Stars Hollow de Gilmore Girls ou a música levemente perturbadora e as imagens vazias na abertura de Twin Peaks. Uma boa abertura, inclusive, pode até ajudar na cena inicial de um episódio, ressaltando o gancho que ele oferece.

Essas são as minhas aberturas favoritas:

United States of Tara

Essa série sobre uma mãe (Toni Collette) com perturbação de identidade dissociativa e sua família é uma das joias raras da TV da década passada. Em três temporadas (as três estão no Prime Video!) ela foi de comédia para drama familiar para terror sobre trauma com muita naturalidade, sempre repleta de atuações excelentes. A série representa as identidades de Tara com um pouco de caricatura, para ajudar o espectador a entender como cada uma delas afeta cada uma das pessoas ao redor de Tara — seu marido, seus filhos, vizinhos e amigos —, e a abertura usa a mesma abordagem em um tom certeiro: um pouco melancólico, um pouco aconchegante, um tanto estranho. Bem como a série em si.

Halt & Catch Fire

Eu já falei aqui sobre sobre como Halt & Catch Fire captura perfeitamente o sentimento de descoberta de um universo inteiro que norteou a corrida da microcomputação entre os anos 1970 e 1990. A sua abertura é uma tradução visual perfeita para esse sentimento de desbravamento de fronteiras que bits e interfaces proporcionaram esses pioneiros. E é viciante de assistir.

The Leftovers

Outra abertura perfeita, da minha série favorita. A abertura de The Leftovers mudou drasticamente na segunda temporada. A abertura da primeira era opressora e complexa. A nova abertura é bem mais simples: fotos com ausências estranhas ao som de Let the Mistery Be tornam a esperança que está às margens da segunda temporada muito mais visível. Ela fica ainda melhor na terceira, quando cada episódio usa uma música-tema que condiz com a história que o episódio vai contar.

Succession

Outra que usa fotos e uma música bacana. Eu nem sei como Succession consegue arrasar nesse quesito também, mas tem algo mágico no tema composto por Nicholas Britell que simplesmente nos transporta exatamente para onde a série nos quer: no coração do mundo dos super-ricos, onde picuinhas familiares podem destruir países e consumir vidas. Tudo isso ao mesmo tempo em que nos dá uma palhinha da relação dos irmãos com seu pai. Seu efeito na audiência é tão grande que ela está sendo estudada.

ER

A clássica abertura de Plantão Médico nunca vai sumir da minha mente. Eu lembro de acordar no meio da noite quando eu era muito pequeno e ver minha mãe sentada na frente da TV, e quando a música tema de ER começava, ela era absorvida para dentro do County General Hospital e o cotidiano dos plantonistas. A grande estrela aqui é a música fantástica, que une sintetizadores com batidas; mas fica aí o meu carinho pro trabalho visual também, ao mesmo tempo bem representativo das grandes séries dos anos 1990, e estranhamente ainda muito moderna. Bem como ER, que era muito a frente do seu tempo.

Hubble observa a Galáxia Olho Negro

Galáxia Olho Negro, com seu anel de poeira escura cobrindo o núcleo

O Hubble tá sempre trabalhando e registrando as maravilhas ao nosso redor. Na última sexta, o perfil da NASA Goddard no Flickr postou uma imagem que o telescópio capturou da Galáxia Olho Negro (NGC 4826 pros fãs). Segundo a NASA, essa galáxia é bem movimentada (fonte):

NGC 4826 is known by astronomers for its strange internal motion. The gas in the outer regions of this galaxy and the gas in its inner regions are rotating in opposite directions, which might be related to a recent merger. New stars are forming in the region where the counter-rotating gases collide.

A Galáxia Olho Negro foi vista pela primeira vez em 1779 por Edward Pigott.

Eu recomendo muito que vocês sigam a NASA Goddard no Flickr ou por RSS, é um dos meus feeds favoritos com imagens quase que diárias dessas maravilhas celestiais à nossa volta.

Os cartazes de René Magritte nos anos 1920

Antes de ir para a França e se tornar um dos nomes mais conhecidos do Surrealismo, René Magritte vivia em Bruxelas como um ilustrador, criando peças comerciais ao estilo Déco, via OpenCulture

Os dois cartazes abaixo são para anunciar duas peças da empresa de compra Norine, do casal Honorine “Norine” Deschrijver e Paul-Gustave Van Hecke. Van Hecke também tinha uma galeria de arte, e foi um dos primeiros defensores do Surrealismo — e um dos primeiros a pagar Magritte pelo sue trabalho surrealista.

Ilustração de uma mulher em trajes verdes com o texto “Arlequinade” Uma mulher em trajes pretos com o texto “Lord Lister”

Magritte também fez cartazes para performances musicais, como esses abaixo:

Um rosto abstrato com o texto “Arlita” Uma cantora usando um vestido verde, com o texto “Primevere”