O Vampire Weekend sempre foi uma banda conhecida por sua música excêntrica e divertida. Eles são uma banda pop, afinal de contas. Eles rimam “horchata” com “balaclava”. Eles gostam de brincar.
E Contra, seu álbum anterior, era sobre eles se aceitarem, e buscarem aqueles que os entendem, dentro de toda essa excentricidade. Eles provavelmente obtiveram sucesso, porque Modern Vampires of the City é mais seguro, mais simples e, assim, muito melhor. O Vampire Weekend achou, finalmente, o tom ideal.
Dá pra confirmar isso até nos shows. Por mais que Contra e o Vampire Weekend fossem bons, era simplesmente sofrível assistir a performance ao vivo de Ezra Koenig. Com Modern Vampires of the City a banda não só amadureceu, como explodiu. O próprio Koenig parece mais confortável com isso. E muito se sente na música. Repare em “Unbelievers”, a música mais parecida com aquilo que vimos anteriormente no Vampire Weekend.
Há ali o tom rápido e brincalhão, mas ele está ligeiramente diferente. Parece que o Vampire Weekend não se interessa mais em fazer aquela música divisiva que era sua marca logo na estreia. Eles encontraram na sutileza de faixas como “Everlasting Arms” e “Don’t Lie”, contando para nós as fábulas cotidianas da banda, como em “Finger Back”, “Hudson” e “Step”. Mesmo com explosões melódicas de “Diane Young” ou na própria “Unbelievers”, sentimos a diferença.
O Vampire Weekend continua brincalhão, continua único na irreverência. Mas eles finalmente acertaram o ponto naquela simplicidade da melodia e na excentricidade. Depois de se aceitar com Contra, eles finalmente mostraram em Modern Vampires of the City, do que eles realmente são capazes.