O que mais esperamos em 2017

Olá, e boas vindas a 2017! Se tá lendo isso, é porque tu provavelmente está no futuro. Como foi a virada de ano? Alguma tragédia nesses quatro dias de diferença? 2017 já é melhor que 2016? Esperamos que sim.

De qualquer forma, estamos aqui. Ainda bem! O PCM volta em 2017 com uma nova abordagem, mais condizente com aquilo que vimos ano passado através das nossas estatísticas. Parece sério? Nem é tanto assim. A gente percebeu em 2016 que o nosso site é mais acessado de manhã, e quando eu falo “manhã” é, na verdade, cedo da manhã. Nosso pico de acesso geralmente se concentra às 9h, o que dá pra entender: é quando nossos leitores chegam no trabalho ou estão matando ~aquela~ aulinha (ei, isso aqui é uma zona livre de julgamentos).

O PCM esse ano vai funcionar a partir do que observamos. Nossos posts irão pro ar de segunda a sexta às 8h. As dicas vão ser menores, porque a gente sabe que o tempo de chegar no trabalho e tomar aquele café antes de começar a rotina diminuiu. Então de segunda a quinta você terá uma dica breve e na sexta um postzinho maior, que chamamos de Exposição, onde podemos entrar mais a fundo na dica do dia.

Lembrando que a gente continua aceitando sugestões, podem nos enviar lá pelo Twitter ou por email. A gente vai adorar.

Então, pra começar o ano, vamos ver o que a gente tá mais empolgado pra ver, ouvir, jogar ou ler em 2017? Por favor, nos acompanhe nessa verdadeira lista de hype.

5. Pra ver nos cinemas: Alien: Covenant.

Alien, O Oitavo passageiro, o de 1979, é um dos meus filmes favoritos. Caramba, como eu amo aquele filme. É a mistura perfeita do terror com a ficção científica e tem a Sigourney Weaver como a Ripley, uma das minhas personagens favoritas do cinema.

Todos os outros Alien são piores, sem exceção (e eu nem tô falando daqueles spin-offs Alien vs. Predador), mas todos carregam algo especial daquele primeiro Alien, que muito provavelmente é aquele alien, e a sede insaciável que tanto a criatura quanto Ripley tem de acabar uma com a outra. É fascinante. Ao julgar pelo primeiro trailer de Alien: Covenant, a gente percebe que não vai ter a Ripley (o filme é uma continuação de Prometheus, o prelúdio de Alien), mas que Ridley Scott vai voltar pro horror.

Voltar pro horror talvez seja a melhor coisa que Alien: Covenant poderia fazer, aliás. Os melhores momentos de Prometheus (que é lindo, mas meh) é quando o pânico se instaura naquele planeta, e Ridley Scott sabe brincar com o pânico. A gente quer muito ver Alien: Covenant. Se o filme ficar ruim (ei, tem chances), ao menos a gente vai poder ver os fan services que tem no trailer na tela grande. Ver o xenomorfo surgir da espinha de um cara sempre vai ser interessante, que venha logo 18 de maio.


4. Pra ler: Peanuts Completo, vol. 9.

Capa de Peanuts Completo: Volume 9

A L&PM tá lançando os volumes de Peanuts Completo sem pressa nenhuma. Dos vinte e cinco, só oito foram publicados por aqui até hoje (a coleção terminou em 2015 nos EUA). Ou um por ano, ou um a cada dois anos.

Seja como for, Peanuts Completo é um conjunto da obra. Não só o conteúdo é incrível (os anos 60 são o início do ápice da turma do Charlie Brown), mas o tratamento é impecável. A L&PM traz Peanuts Completo com a mesma qualidade que ele foi publicado lá fora: capa dura, conteúdos especiais (todos os volumes têm um prefácio com um autor convidado e um posfácio) e o formato original. A cada página, três tiras no seu tamanho de publicação. Eu mal posso esperar pra pôr minhas mãos no próximo volume.


3. Pra ouvir: o novo álbum do The xx.

O The xx trabalha devagar, e eu não tenho nenhum problema com isso. Com um debut excelente com xx e um retorno com Coexist, o The xx não só já mostrou seu estilo como também se mostrou capaz de explorá-lo. E, pelo que a gente pode perceber com “On Hold” (acima), eles estão prontos pra seguir em frente.

Não temos previsão pra quando o novo do trio vai chegar, mas o The xx diz que será “em breve”. Seja como for, os dias de desespero deles (xx) e de medo (Coexist) mudaram. Como parecem indicar com “On Hold”, o The xx parece tentar deixar-se levar, porque o destino não é nada mais que uma desilusão. Pode soar melancólico e um pouco pessimista, mas depois de um ano como 2016, o terceiro álbum do The xx parece ser aquilo que precisamos pra nos abraçar, acalmar e nos empurrar pra frente.


2. Pra jogar: The Legend of Zelda: Breath of the Wild.

Não só a maior fila da história da E3, superando o antigo detentor da façanha (o Wii, também da Nintendo, em 2006), The Legend of Zelda: Breath of the Wild é o jogo mais esperado do ano: o primeiro — e, provavelmente, último — jogo da série para Wii U, e o jogo de abertura pro novo Switch; uma aventura Zelda inédita em seis anos; e tá tudo absurdamente lindo.

Depois de décadas sendo (inclusive ainda é) parâmetro de cópias para qualquer jogo de ação-aventura por aí, The Legend of Zelda finalmente se dispôs a olhar pra concorrência. Com Breath of the Wind, a Nintendo busca a inspiração nos grandiosos The Elder Scrolls e The Witcher 3: Wild Hunt para trazer Hyrule, o reino de Zelda, em toda a sua glória em um imenso mundo aberto. Aonuma, o designer do jogo, diz que a narrativa desse novo capítulo será muito como o dos jogos antigos da série: um conto de destruição e ruína, e de rendição. O que muda: dessa vez, as missões são feitas na ordem que o jogador quer — e ele pode terminar a narrativa do jogo sem sequer visitar sessões do mapa. Vendo a grandiosidade do lugar, eu não duvido que eu não visite alguns lugares por ali.


1. Pra ver na TV: The Leftovers, terceira temporada.

Com o blockbuster Westworld finalmente lançando esse ano, e com Game of Thrones atrasando pro segundo semestre de 2017, a HBO deu um ano sabático para The Leftovers, simplesmente o melhor de 2015 pelo 🍞. A gente mal consegue esperar.

Estreando em abril, a terceira e última temporada de The Leftovers levará a família Garvey para a Austrália. É só o que a gente sabe por enquanto. Se você acompanhou a série até aqui, porém, sabe que 1. quanto menos a gente sabe, melhor; e 2. não é uma série que vá nos dar muitas respostas. O que é bom. O grande acerto de The Leftovers é, como toda a grande história, não fazer o espectador procurar por respostas, mas por fazer mais perguntas. Se The Leftovers conseguir continuar fazendo isso com a beleza e a catarse que ele conseguiu semanalmente em 2015, eu tenho certeza que terei uma nova série pra chamar de favorita.