Ontem de noite eu resolvi dar uma lida nos artigos da minha lista de leituras e me deparei com esse artigo do The Atlantic sobre as mudanças dos hábitos alimentares durante o isolamento social.
Tem vários detalhes bacanas nesse artigo. A autora, Amanda Mull, contextualiza a ideia das “três refeições”, que começou a existir junto com a industrialização e o fato de que as pessoas tinham que sair de casa para trabalhar — fazendo com que a janta fosse a principal refeição familiar, já que os pais estavam fora durante o dia; e como a mesma industrialização criou a ilusão da necessidade do café-da-manhã como uma refeição essencial.
Meu detalhe favorito, porém, é todo o motivo pelo qual Mull escreveu o artigo. Ela começa comentando como seus próprios hábitos alimentares mudaram na pandemia. Ao invés de almoçar e jantar, a autora diz que faz apenas uma grande refeição o dia todo — o que ela chama de Big Meal, o que eu chamo de pratão. Ela também busca por pessoas que desenvolveram outros hábitos alimentares estranhos: pessoas que pararam de fazer refeições em momentos específicos e começaram a comer pequenas porçòes durante o dia; ou uma pessoa que finalmente teve tempo suficiente no dia para fazer as três refeições, por exemplo. E essas mudanças não fazem mal. Mull lembra que o o nosso corpo se adapta às necessidades do nosso cotidiano, e a forma como ele requer comida é uma dessas adaptações.
New or worsening food compulsions, such as eating far more or far less than you used to, are cause for alarm. But what’s not cause for alarm, Larkey said, is adjusted eating patterns or mealtimes that are more useful or satisfying in the weird, stressful conditions people are now living in. “We’re really not taught that we can trust our body’s cues,” she told me. “It can feel so destabilizing to have to think about them for maybe the first time ever.”
In some of the new routines created to make the past year a little less onerous, it’s not hard to see how life after the pandemic might be made a little more flexible—more humane—for tasks as essential as cooking and eating. For now, though, go ahead and do whatever feels right. There’s no reason to keep choking down your morning Greek yogurt if you’re not hungry until lunch, or to force yourself to cook when you’re bone tired and would be just as happy with cheese and crackers.
Eu senti meus hábitos alimentares mudando logo que o isolamento social começou, em março do ano passado. Eu fui perdendo a vontade de comer de noite porque eu comecei a acordar cada vez mais cedo, e eu nem sempre sentia fome no horário do almoço. Minha fome aparece ali pelas 14h, 15h, e desaparece até o dia seguinte. Como meu horário de almoço é às 12h, eu costumo comer algo nesse horário para puxar o apetite, mas minha rotina ideal seria ter um horário de almoço no meio da tarde. Eu ainda “janto”, mas na ocasião específica de ser dia de jantar pizza. É uma exceção obrigatória. De resto? Um sanduíche ou um ovo mexido resolvem.