Eu sempre achei que se tinha uma coisa que a gente já tinha total conhecimento, eram as cores. Nunca imaginei que (1) seres humanos conseguem criar tonalidades de cor; e (2) exista alguma cor que a gente ainda não tenha visto. Mas descobri que essas minhas duas certezas não faziam sentido quando eu li esse artigo sobre a primeira nova tonalidade de azul em dois séculos, YInMn.
O artigo é ótimo se você, como eu, não tem ideia de como tonalidades são criadas, nomeadas, patenteadas e licenciadas para uso (e como esses usos são categorizados de maneiras bem específicas). Sempre achei que cores fossem algo que a gente não tem domínio sobre porque é um aspecto intrinsicamente natural, já que quase tudo tem cor, mas olha como esse é um processo muito artificial:
Like all good discoveries, the new pigment was identified by coincidence. A team of chemists at Oregon State University (OSU), led by Mas Subramanian, was experimenting with rare earth elements while developing materials for use in electronics in 2009 when the pigment was accidentally created.
Andrew Smith, a graduate student at the time, mixed Yttrium, Indium, Manganese, and Oxygen at about 2000 °F. What emerged from the furnace was a never-before-seen brilliant blue compound. Subramanian understood immediately that his team stumbled on a major discovery.
“People have been looking for a good, durable blue color for a couple of centuries,” the researcher told NPR in 2016.
Não é todo o dia que meu mundo vira de ponta cabeça com um detalhe novo sobre como ele funciona. Hoje foi um desses dias.