Os cinco melhores jogos do Nintendo 3DS.

Semana passada a Nintendo finalmente abriu o bico em relação ao seu novo videogame, o Switch: um híbrido entre console de mesa e portátil, que vai lançar com o novo (e que eu quero muito) The Legend of Zelda: Breath of the Wind.

O Switch não é um portátil Nintendo — a empresa especifica que é um videogame de mesa, antes de tudo —, mas é impossível prever se o 3DS continuará nos planos da Nintendo (ela diz que sim) depois do lançamento do videogame que sucede o maior fracasso da empresa na história.

Então, talvez pra nos despedirmos ou talvez como homenagem, decidimos fazer um ranking com os cinco melhores jogos do 3DS. Como todo o portátil da Nintendo, o 3DS sempre foi repleto de jogos estranhos — os portáreis ainda são os queridinhos do Japão. O DS e o 3DS, também, foram as plataformas que os desenvolvedores acabaram se dedicando em relação a Nintendo, quando a maioria deus às costas pro Wii e Wii U com o passar dos anos. Também, é difícil de disputar com uma empresa que desenvolva tão bem quanto a Nintendo, tem isso.

Assim, os cinco melhores jogos do 3DS são da Nintendo. Longe de mim dizer que só os jogos dela são bons, a biblioteca de jogos do portátil é extensa, e eu não joguei tudo. Por isso, esse top 5 tem apenas dois critérios: eu precise iter jogado o jogo até o final (quando aplicado) e ele não pode ser um remake (embora eu, sinceramente, ache que Ocarina of Time e Majora’s Mask tenham suas versões definitivas aqui).

Enfim, antes de começarmos, vale considerar a quantidade de jogo bom do 3DS. Não entraram no top 10, e continuam sendo excelentes: Super Smash Bros. for Nintendo 3DS, Professor Layton and the Azran Legacy, Monster Hunter 4, BoxboxBoy!, Braverly Seconds, Shovel Knight e Luigi Mansion’s 2. E, já que todo mundo se perguntou, a primeira parte do top 10 é essa:

10 - Scribblenauts Unlimited, o melhor jogo da série na plataforma perfeita pra ele.

9 - Fire Emblem Fates, não é o melhor Fire Emblem do 3DS, mas a audácia e a capacidade de contar uma história em três narrativas é fascinante e funciona muito bem.

8 - Professor Layton and the Miracle Mask, eu amo Professor Layton e vou defendê-lo.

7 - Pokémon X/Y, o melhor Pokémon desde Pokémon Diamond/Pearl, X/Y entra de vez no 3D, e finalmente decide conectar os monstrinhos ao jogador.

6 - Bravely Default, mostrando que, não importa o percalço, a Square ainda é a rainha do RPG japonês.

E vamos começar:


Imagem do jogo Mario Kart 7

5. Mario Kart 7.

Quando lançou, em 2011, Mario Kart 7 foi automaticamente clamado como o melhor Mario Kart já feito (depois veio o Mario Kart 8 pro Wii U que trouxe o Luigi Death Stare, então obviamente…). Não é pra menos: Mario Kart 7 traz toda a criatividade da EAD Group (com a ajuda da Retro) em pistas maravilhosas e com um senso de velocidade que a série ainda não havia experimentado antes. Pode ter envelhecido mal depois de Mario Kart 8, mas considerando que a sequência basicamente levou as inovações que esse aqui trouxe a outros patamares — depois de 7 limpar a mecânica que Double Dash e Wii encheram ela de complexidade desnecessária — é mais uma prova de como Mario Kart 7 é revitalizante pra uma franquia tão copiada.


Imagem do jogo Fire Emblem: Awakening

4. Fire Emblem: Awakening.

Fire Emblem, a série de estratégia tática de guerra da Intelligent Systems, sempre retratou a brutalidade das decisões que são necessárias de se tomar durante a guerra. Com Awakening, o melhor jogo da série, Fire Emblem leva as decisões a outro patamar com um elenco gigantesco de personagens altamente envolventes, ao mesmo tempo que revitaliza uma fórmula já consagrada com benvindas novidades que, ao mesmo tempo que homenageia todo o legado da série, dá uma visão excitante de como será o futuro de Fire Emblem (e Fates comprovou as promessas). Awakening pode ser brutal, mas é profundamente emocionante e, como a guerra, devastador.


Imagem do jogo The Legend of Zelda: A Link Between Worlds

Continuar A Link to the Past, um dos Zelda favoritos de todos os tempos (não pra mim, sou um tiete de Ocarina of Time e Skyward Sword, mas entendo o amor), era uma tarefa no mínimo arriscada. Se inspirar no top-down que a série foi rápida em abandonar, também. The Legend of Zelda: A Link Between Worlds não tinha (como nenhum Zelda, inclusive) um legado fácil de bater, mas olha só.

A sofisticação do design que a Nintendo emprega em suas duas maiores séries é sem precedente nos jogos. A Link Between Worlds é um exemplo perfeito: acessível para novos jogadores e incrivelmente complexo para os mais experientes, esse novo Zelda não é só o melhor jogo da série para um videogame portátil, mas também mostra uma coragem em inovar e brincar com os mecanismos que Zelda trouxe pela sua história de maneiras muito mais interessantes do que em qualquer capítulo nesses trinta anos. A Link Between Worlds vive numa tela pequena mas é sem dúvidas um grande The Legend of Zelda, digno de seu legado.


Imagem do jogo Super Mario 3D Land

2. Super Mario 3D Land.

Claro. Toda plataforma da Nintendo é casa de ao menos um grande jogo do Super Mario, a maior franquia dos jogos. E esse jogo, em troca, utiliza todos os recursos que o videogame tem à disposição do jogador. Com o 3DS oferecendo giroscópio e, bem, 3D, a EAD Group 1 tinha algumas novidades pra mostrar.

E Super Mario 3D Land não decepciona. Mostrando que a Nintendo ainda é a rainha dos jogos em plataforma, esse jogo explora todas as possibilidades do (na época novo) videogame da empresa. Super Mario é sempre uma vitrine pras plataformas, mas antes disso sempre é um grande jogo. Em 3D Land a equipe do EAD Group 1 parece ter criado muito mais um baú de brinquedos e, em cada mundo, brinca com alguns deles. Pode não ter a coesão temática de Super Mario 64 ou Super Mario Galaxy, mas talvez esse seja justamente o trunfo desse que é um dos Marios mais divertidos: tentar brincar com tudo que pode. Só um mestre conseguiria, e sem dúvidas Super Mario 3D Land conseguiu.


Imagem do jogo Animal Crossing: New Leaf

1. Animal Crossing: New Leaf.

Eu sou suspeito pra falar de Animal Crossing: New Leaf, tanto que já escrevi um post sobre meu amor por ele. Comprar New Leaf representa ou a) a melhor escolha que você vai fazer na sua vida; ou b) a pior. Eu juro pra mim mesmo que é a primeira opção.

Animal Crossing: New Leaf é o primor dos jogos portáteis da Nintendo, e que justifica a existência de videogames portáteis. É uma experiência rica e recompensadora, que usa os sistemas de um videogame portátil muito bem — é, inclusive, a casa ideal da série Animal Crossing, que parece fora do lugar em videogames como o Wii. No 3DS, Animal Crossing brilha como um jogo completo como pouquíssimos nessa geração conseguiram ser. Eu o jogo há quatro anos e ainda assim tem coisas pra eu descobrir, como todo o bom jogo que vive com você. Eu jogo ele todas as manhãs, as vezes na tardinha, e eu nunca me arrependo (eu acho? É muito carinho, mesmo, pra me arrepender agora).

Por qual outro motivo eu me preocuparia com o que Bernard, meu vizinho cachorro, quer vestir. Eu já passei madrugadas coletando besouros pro meu Museu. Eu já planejei como seriam as obras públicas para que todos os meus vizinhos ficassem satisfeitos. Animal Crossing: New Leaf requer a tua atenção sempre que tu pode dar (ainda bem que não é um jogo intrusivo, ou eu ia me irritar pra caramba), e o mais importante: ele requer teu carinho. Pra um jogo que eu jogo há tanto tempo, eu fico sempre impressionado o quão ele é vivo e recompensador, depois de todo esse tempo. O meu maior medo quando o Switch lançar é o que vai acontecer com meus vizinhos. Eu não vou poder deixar eles pra trás.