Um adolescente atormentado que encontra abrigo em grupo de desajustados, até aí nenhuma novidade. O primeiro contato com sexo, álcool e drogas, a tortura do ensino médio? A mesma coisa de sempre. No entanto, Chbosky narra o conhecido drama adolescente de uma forma muito singular, ele não nos apresenta um problema, mas sim uma vantagem. Ou melhor, As vantagens de ser invisível.
O livro é formado por cartas que Charlie, o personagem principal da trama, escreve a um amigo desconhecido (e muito especial).
O autor se utiliza de uma metalinguagem muito delicada para nos fazer não apenas ler, mas viver o livro.
A evolução da “escrita de Charlie” nas suas cartas é uma delas, conforme a história se desenvolve e o gosto pela leitura e escrita vai aumentando a redação de suas cartas vai tento um aumento significativo de qualidade, mas polida e mais coesa. Por conta disso evoluímos junto com o Charlie no decorrer da história. Vibramos com as novas amizades, nos apaixonamos pela Sam (e claro, odiamos o Craig), sentimos orgulho do Patrick, e quem consegue ler ate o final sem ter vontade de mandar Mary Elizabeth calar a boca? Admiramos profundamente o professor Bill. Voltamos aos 15 anos, aos anos 90, fumamos e bebemos pela primeira vez, nos encantamos pelos Smiths, e principalmente, nos sentimos infinitos.
Descobrimos que não precisamos ser amigos de todos, porque em algum lugar os amigos certos (ou os errados) estão esperando por nós, e essa é a real vantagem de ser invísivel.
É aí que está a beleza da história. A vida que o autor da ao livro.
Pra mim As vantagens de ser invisível é um livro sobre a vida, e como se sentir vivo é bom, e como são bons aqueles momentos, quando você passa por um tunel escutando uma música incrível com as pessoas que mais ama na vida, ou qualquer outro momento especial, aquele no qual você se sente infinito.
E o principal de tudo, no final ter a grata surpresa de que o amigo a quem Charlie dedicou tanto tempo e amor compartilhando a melhor parte da sua vida, é você.