Ilíada, de Odyr

São poucas as emoções que são comuns a todas – ou quase todas – as culturas do planeta. Sete ao todo, se não me engano. Nessas emoções, experimentadas pela maioria de nós todos os dias, cada indivíduo ensaia sua própria rotina subjetiva de sentimentos. Os sentimentos, então, são as experiências pessoais de cada um com algum tipo de emoção.

Odyr Bernardi faz quadrinhos. Ou, pelo menos, é assim que descreve seu trabalho, onde deixa transparecer suas tentativas de interpretação ou não interpretação de mundo, do mundo das coisas, do outro e de si mesmo. Neles, expõe sentimentos que parecem se tornar emoções, que tocam o leitor de maneira sensível, e ilustram ideias que vão colar na sua cabeça mais fácil do que você imagina.

Tirinha de Ilíada

Um de seus últimos trabalhos, ainda sendo produzido, Ilíada, trata de um heroi com sérios problemas existenciais. A dúvida é um elemento constante na história, que dialoga com o personagem sem memória, a situação em que se encontra e sua suposta aventura, um objetivo que parece sempre estar a ser alcançado logo em frente, como uma série de coincidências ou meras reações de um cotidiano que parecem servir como uma desculpa para a mudança. O descobrimento do mundo pelo personagem – de um mundo que já nos é familiar -, é o redescobrimento da vontade de agir que experimentamos todos os dias.

Tirinha de Ilíada

A aventura de Homero, o professor de história, pode ser lida no blog do artista brasileiro. Então clique logo neste link e confira essa excelente história. Ou não. Você pode ir embora agora, se quiser.